As denúncias contra Vizcarra são decorrentes da Operação Lava Jato, que, além do Brasil, teve desdobramentos em vários países da América Latina, onde empreiteiras brasileiras mantinham negócios.
O presidente do Peru, Martín Vizcarra, foi destituído do cargo na noite desta segunda-feira. O político é acusado de ter recebido propina de construtoras. A decisão pelo afastamento foi tomada pelo Parlamento peruano. Foram contabilizados 105 votos favoráveis, 19 contra e 4 abstenções.
O pedido de impeachment contra o presidente foi apresentado por 27 congressistas, depois que o jornal peruano El Comércio divulgou detalhes de uma investigação que tinha depoimentos de 4 delatores, que afirmaram a um promotor local que Vizcarra recebeu propinas na época em que foi governador do distrito de Moquegua, de 2011 a 2014. O processo foi aberto no dia 30 de outubro deste ano, sendo o 2º em menos de 2 meses.
O presidente negou as acusações em diversas oportunidades, mas os parlamentares não aceitaram os argumentos.
Vizcarra assumiu o cargo em 2018, depois que o então presidente Pedro Pablo Kuczynski renunciou ao cargo, também sob denúncias de corrupção.
Com o impeachment, a presidência será assumida pelo presidente do Congresso, Manuel Merino de Lama, até o fim da atual legislatura, em junho de 2021.